Há alguns anos as mulheres vêm conquistando seus espaços no mercado de trabalho e aderindo profissões que antes eram exercidas, exclusivamente, pelos homens. Na representação comercial essas mulheres conquistam seu espaço através de um bom relacionamento com os clientes
A representante Tatiana Chaulet, 47 anos, atua no ramo de moda feminina e masculina há 15 anos, atendendo a Serra gaúcha e o Vale dos Sinos. Ela ainda é membro do
conselho fiscal do Sirecom Nordeste. Em seu ramo de representação, Tatiana nota que os clientes preferem as mulheres pelo melhor entendimento sobre a moda. “Nunca encontrei dificuldades no meu trabalho por ser mulher. O gênero não é um problema, o que é determinante é o profissionalismo. Os clientes presam por um bom atendimento”, afirma.
Porém, Tatiana ressalta a dificuldade em ser mulher e mãe representante comercial. Ela tem um filho de nove anos e acumula tarefas e preocupações em seu cotidiano. Trabalha cerca de 10 horas por dia, fazendo visitas e atividades administrativas. Além disso, cuida da casa e do filho. “Exige bastante. Por esse lado, o homem tem mais facilidade. Ele sai para trabalhar e não tem essas preocupações”, aponta.
Tatiana tem razão quando observa que os afazeres domésticos ainda são de responsabilidade da maioria das mulheres. Uma pesquisa divulgada, em dezembro de 2017,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que 9 em cada 10 mulheres fazem algum tipo de tarefa no lar, enquanto 7 em cada 10 homens se envolvem nas atividades domésticas. Outro dado constatado é que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais aos cuidados com o lar, enquanto eles dedicam 11,1 horas semanais.
